quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Lembrar de você, meu primeiro namorado!



Hoje foi um daqueles dias raros em que acordei pela manhã, o outro lado da cama vazio ao meu lado e a cama bagunçada; eu estava no meio de todo aqueles emaranhado de lençóis, escondida em algum lugar dali. No meu celular a sua pasta de fotos estava intacta, assim como a pasta de mensagens com o título "Bebê s2", eu havia evitado abri-la desde nosso término à três meses atrás. 358 mensagens. Não devo ter chegado à ler nem cinquenta, talvez a metade disso. Meu coração foi espremido por algo desconhecido por mim, talvez fosse a saudade batendo. Ler tudo aquilo de novo não foi fácil, e sem querer uma lágrima escorregou para fora dos meus olhos e eu só me toquei disso segundos depois. Eu queria apenas ter excluído tudo sem ver, sem ler, sem pensar. Mas a minha teimosia venceu, e no fim eu não exclui, deixei lá todas as mensagens, de novo. Você apesar de tudo, nem deve ter mais minhas mensagens, minhas fotos no teu celular. Eu te perdi, porque a verdade foi essa, eu te perdi e não o contrario. Nada estava mais como antes, na verdade nada foi como eu esperava que fosse, perfeito. Foi muito imperfeito, mas você mesmo não sendo tudo o que eu julgava querer, era o que todas queriam. Eu pensei, pensei tanto que eu era o problema, que eu devia ser o problema, e no fim constatei que não era eu, e nem você. Era nós dois, nós dois eramos infelizmente o problema. O que eu mais queria era que você fosse feliz, sabia que isso não ia acontecer se você estivesse comigo. O que eu mais te dizia é "fica com aquela, ou com aquela", mas no fundo não queria, não com elas. Hoje você está com ela, e não tens ideia de como e do quanto te xinguei por isso. É, ela pode te fazer feliz, feliz como eu nunca fiz. Contudo, ela fez tudo o que fez quando estávamos juntos, e eu te falei tantas vezes, lembra? Acabou como acabou, e não foi cem porcento por culpa das tuas amigas, mas a contribuição delas foi muita para o que houve, e como houve. Não, eu não quero você com ela, e eu odeio ter que admitir que você não escutou uma só palavra do que eu disse não é? É horrível ver que depois de tudo você continuou cego, ou se fingindo de cego; com todas as brigas que tivemos por causa delas, você continuou fazendo o mesmo enquanto dizia que outra coisa, enquanto me prometia outra coisa. Lendo as mensagens eu me toquei - mais uma vez - que você talvez tenha sido o único, e talvez seja o único que mais me amou. Ou pelo menos, era assim que parecia, era assim que você dizia. Eu sempre tive dúvida sobre meu amor por ti, mas acho que amar é querer ver a pessoa que se gosta feliz, mesmo que seja com outra pessoa. Talvez minha forma de amar você seja diferente, tenha sido diferente sempre, mas eu gostei de você e adoraria voltar a falar contigo. No final a gente se resolveu bem, entre a gente, mas na prática nos distanciamos, passamos um pelo outro e nem nos falamos mais, e isso é muito foda. É como se não tivéssemos tido nada, como se não tivéssemos vivido nada juntos. Eu sinto vontade de ir falar contigo, mas algo me barra, me prende; E quando estamos muito próximos isso me incomoda, por eu não saber o que fazer, como agir ou o que falar. Desculpa outra vez por todas as vezes que te fiz chorar, não sei se fui um erro na sua vida, mas você na minha foi um acerto. Quem sabe um dia a gente volte a se falar, e sejamos amigos, isso eu acho que poderia ser o encaixe perfeito. Ah, e mais uma coisa... Obrigada ok? Obrigada por ter sido o primeiro, o meu primeiro namorado. Te desejo felicidade, e sempre vou desejar, mesmo não gostando da pessoa que possa te fazer feliz, se ela consegue te deixar bem é isso que importa, só isso.


Depois de quase um ano sem dar as caras por aqui, vos escrevo. Espero que vocês gostem do textinho, ando sem muita prática. Beijos, e comentem.   

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