quinta-feira, 1 de abril de 2010

O laço da amizade



A grama fria em baixo de mim não me incomodava, minhas palpebras se encontravam fechadas, o sol não estava quente, na verdade o clima estava bom, normal, não estava calor, estava levemente quente e levemente frio, o sol era coberto por pequenas e finas camadas de nuvens, que fazia com que os raios solares passasse por elas de forma suave, realmente aquilo parecia cena de filme, minha cabeça estava apoiada em algo, na verdade em alguém, na perna de alguém o alguém que eu mais queria que estivesse ali, meu melhor! Ele se deitou depois de um tempo sentado fazendo carinho em meu cabelo loiro escuro. Meus olhos se abriram levemente e eu me arrastei e deitei minha cabeça em cima do peito dele, ele pegou meu braço direito e fez com que o mesmo envolvesse seu corpo levemente, com a mesma mão que ele fez tal ato ele delineaca com seu dedo indicador meu braço, ora ou outra eu me arrepiava. - Lú? - Sua voz saiu um pouco rouca, mas com nolume o suficiente para que somente eu ouvisse. - Eu - Respondi pateticamente, porém arrancando um sorriso silêncioso dele, com seus dentes perfeitamente brancos e certinhos, sua boca sempre me atriu, lembro que logo que nos conhecemos eu vivia dizendo "Peter, tua boca me seduz seu gostoso!" Ele ria e as vezes fazia gracinhas. Eramos amigos a mais de dois anos, e isso parecia uma eternidade, não tinhamos segredos, na verdade nos conhecemos em nossa atual escola, ela mal havia aberto e já era bem famosa, muitos riquinhos foram para lá, e foi lá, lá que o conheci, na verdade não sei explicar como, foi tão fácil, tão verdadeiro, sem barreiras, que foi como se já nos conhecessemos. Sai de meus devaneios e então ele falou com a voz menos rouca. - Tenho uma coisa pra você, quero que você nunca tire! - Eu ergui minha cabeça levemente, então ele pediu para que eu levantasse e eu levantei e fiquei olhando para ele ali, ele se ajoelhou como um principe que faz um pedido para uma princesa, não que ele não fosse, o meu principe, seus olhos verdes escuros, seu cabelo levemente claro... Eu tinha um sorriso bobo em meus lábios que estavam agora levemente vermelhos e ardiam calmamente, era sempre assim quando eu estava com um pouco de vergonha, eles esquentavam. Então minhas orbes se depararam com seus lindos olhos que olhavam no fundo dos meus, então ele tirou do bolso da bermuda bege escura uma caixinha azul petróleo, meus olhos cor de mel brilharam e minha boca caiu levemente ficando entre-aberta, ele com aquele sorriso no canto de seus lábios, então os mesmos se abriram para uma fala, mas logo se fecharam, ele desviou o olhar dos meus por uma fração de segundos e então voltou a me olhar e sua boca novamente se abriu, e dessa vez as palavras sairam após ele abrir a caixinha, e eu via dois aneis prateados ali, lindos. - Esse vai ser nosso laço, por mais que a distancia nos afaste parcialmente... isso vai nos unir e nada ira separar, isso é para que lembremos de tudo o que já passamos juntos! - Enrão eu já lágrimava levemente, nunca pensei que algo tão lindo, tão fofo fosse acontecer comigo, justo comigo que nunca fui esperiente em coisas melosas. - Oh Pê, que fofo, eu nunca vou te esquecer, por nada nesse mundo! - Ele sorriu fraco e novamente se pronunciou. - Mas você acha que eu não posso ver? - Eu franzi o cenho sem entender - O que? - Suas orbes novamente pararam em minha face, e ele se levantou e passou o polegar em minha bochecha que ruborizou um pouco, eu já estava acotumada com seus toques, mas algo ali estava diferente, estava melhor, era novo, especial! - Você! Você vai embora para outro estado, bem longe daqui... Vai fazer novos amigos, irá me esquecer depois de um tempo... é sempre assim! - Eu balancei a cabeça negativamente e dei um passo a frente colocando minha mão entre sua nuca e seu cabelo que eu tanto amava. - Não, não é bem assim, não com quem se ama de verdade, com quem tem uma história, isso nada, nem o tempo apaga! - Ele sorriu ainda um pouco desanimado e olhou para a caixinha que ainda estava em suas mãos, então ele tirou um dois aneis de lá e leu o que estava gravado dentro do mesmo: Peter e Luisa pra sempre , e logo em seguida estava a data de hoje, eu engoli em seco emocionada, então ele pegou minha mão como se fosse a coisa mais preciosa e delicada que ele já segurara, entao colocou o anel em meu dedo da mão esquerda, do lado do dedo minguinho. Então eu peguei o outro anel e coloquei no mesmo dedo dele. Ele beijou meu rosto e então me ergueu me girando, o sol estava quase se pondo, nos sorriamos olhando um para o outro, então logo suas pernas fraquejaram e ele caiu e eu por cima dele, nos fitamos por longos minutos em silêncio, e ali sabiamos, que nada iria apagar tudo isso que estavamos passando, o que passamos, o que vivenciamos, nossa amizade nunca iria ser separada, nunca, por nada, mesmo que eu me mudasse para a china, ele sempre iria comigo, e eu sabia que seria assim com ele.

Pauta para: Bloínquês, 10ª edição músical  
Em negrito trecho da música decode - paramore, pedida na edição músical desta edição.

2 Opiniões Formadas:

amy disse...

amizade é tudo!
besitos :*

Renata disse...

que coisa mais linda!
pensei primeiro que eles eram namorados mas me surpreendi ao ver que eram 'só' amigos.
está ótimo, só achei estranho ter só um paragrafo, é mania.