domingo, 9 de maio de 2010

É mãe, Obrigada!


Não vou dizer que a relação de mãe e filho sejam as mil maravilhas. Vocês devem entender o que quero dizer! Vocês são filhas e filhos, pelo menos, creio que não há nenhuma mãe aqui. Mas esse não é o fato!

Quando vocês nasceram... não, não, vamos voltar um pouco mais! Quando as mãe de vocês descobriram que estavam grávidas fizeram coisas variadas, pensaram demasiadas coisas e tiveram milhares de sensações, atitudes e impulsos. Cada caso é um caso é claro! Há mães que ao saberem do primeiro, segundo, terceiro filhinho se apavoraram, principalmente na primeira vez que se é mãe e quando não foi nada planejado, pior são aquelas que não tem como sustentar seus filhos. Como disse há mães e mães. Acho um tanto que irresponsabilidade quando não se é esperado, mas se fez não de preveniu, mas nem sempre, exceções existem, claro!





Minha mãe quando soube da primeira filha dela, que por um acaso nomeia-se ser minha irmã... tinha 20 anos se não me engano, meu pai era o primeiro namorado mesmo dela, eles namoraram, noivaram e casaram no fim do ano, e ficaram juntos até que a morte os separasse, mesmo com tantas dificuldades, brigas e ameaças de discussões, sim! :/ Ela não esperava a Giselle, apesar de se contradizer dizendo que ela foi uma filha muito esperada e planejada, acho que quando ela diz isso quer dizer que quando soube e não tinha jeito caducou, ela e meu pai. Minha irmã foi a mais 'mimada' das filhas, mimada por terem a mimado realmente. As vezes me chamam de mimada, mas não mais, pelo menos não como à uns três ou quatro anos atrás. Minha irmã quase morreu ao nascer, minha mãe de 40 quilos (sim quarenta quilos, é o meu peso com 14 anos D:) foi para 90, isso mesmo! Ela engordou muuuuito, e no fim minha irmã quase morre ao nascer, o médico até chegou a perguntar se minha mãe caso acontecesse algo preferia ela mesma ou a minha querida irmãzinha, mas nesse sentido tudo ocorreu bem, e as vezes pensando nisso vejo como a frase mais dita pela minha mãe é verdade: "Deus escreve certo por linhas tortas" ela não morreu naquele dia, porque ainda tinha muito o que fazer, viver, sofrer até... e mesmo com todas as doenças e problemas dela hoje em dia, meu pai se foi, ela esta ainda nos criando, querendo ou não. Giselle além de quase não ter nascido também tem vários problemas de saúde, ela não pode comer doce, nada, nada... porque ela passa mal, desmaia... enfim! No inicio meu pai precisava comprar um leite da frança na clandestinidade para dar para ela, porque era a unica coisa que ela tomava.
Bem, minha segunda irmã não era para ter nascido pelo que sei, na verdade não sei bem a parte de como ela nasceu, não sei se a camisinha furou na hora ou se a camisinha não furou D: iahsiahsiahs' sim, minha mãe diz algo como: "Ela foi tão filha da puta que ela saiu rasgando tudo mesmo com camisinha dizendo: É seus filhos da (lalala), não querem que eu nasça, mas eu vou nascer crl." E é isso que sei sobre essa parte. Nessa gravidez minha mãe não engordou muito, na verdade ela disse que a barriga dela era bem pequenininha, pensaram até que seria um homem, mas foi a pior gravidez para minha mãe, com mais dores, enjoos etc etc. Mas a Isabelle foi e ainda é uma das mais "saudáveis" de nós, ela come doce, muito, muito! Adora fazer doces, cozinhar... enfim! Ela também passou por muitas fazes, a "menino, largadona, rockeira, ploc, pagodeira, sport, intelectual..." E bemm... hoje ela esta normal, feminina, intelectual, pagodeira... um pouco de quase tudo o que ela já foi talvez. Ela era muito atentada, a mais de todas, a Giselle e eu éramos sonsas, ainda somos até hoje, mas a Isabelle sempre foi mais esperta, mais arteira, mas tudo! Acho até que depois dela incrivelmente viria eu e por ultimo como mais "agitada" a minha irmã mais velha!
E eu ... bem, que tal uma narração?

' Mamãe não me esperava, na verdade ela já estava com quarenta anos. Passava por um crise com meu pai, quase se separaram. Minha casa sendo de altos e baixos, e modesta a parte sendo bem grande foi dividida em duas, meu pai morando em baixo, e minha mãe comigo na barriga e minha irmã mais velha, a do meio dormia com a gente na maioria das vezes, mas revezava muito, já que sempre foi muito agarrada com meu pai, assim como eu, mas ela acho que talvez fosse até um pouco mais quem sabe. Quando nasci, não sei quem me levou, na verdade essa é uma parte que ainda não entendi muito bem, infelizmente não me recordo do que eu escutava, entendia e sentia dentro do ventre da minha mãe, pois em algumas fotos em que minha mãe esta em um hospital meu pai esta presente, não parece muito animado, mas... o que sei é que quando nasci meu pai não estava (what?) quem levou e trouxe minha mãe depois que tinham dado alta pra ela quem trouxe ela para casa foi meu primo de segundo grau. Isabelle torcia que fosse um menino para que brincasse de bola, peteca, papagaio com ela. Giselle queria uma irmã feminina, que ela pudesse cuidar como se fosse de boneca --'. Enfines, uma hora minha mãe fala que um ex marido da minha tia, quando eu nasci falou para meu pai: "Pow cara, tua filha é linda, só nasceu com um defeito, nasceu sem boca"  Sim, (minha boca é pequena até hoje, hihi) se ele se dirigiu ao meu pai, ele estava lá? (what +1). A Parte que acho que mais sei dessa história toda é que minha mãe continuava morando em cima e meu pai em baixo depois do meu nascimento, ele não me via, nem queria, dizia que não era filha dele, saia quase sempre sem hora pra voltar, provavelmente ia para bares enquanto minha mãe inocente sofria em casa. Um dia ela desceu e uma das escadas que desce dá para a copa da cozinha, e meu pai estava passando, quando ele me viu eu virei para minha mãe ainda aprendendo a falar enrolada e com voz de bebê falei fofa: "Mamãe, é papai? Papai, mamãe?" Eu perguntava enquanto gesticulava com a cabeça, ela sorriu e balançou a cabeça positivamente, meu pai veio até mim emocionado e com olhos marejados e disse: "Oh minha filha..." E me pegou no colo pela primeira vez creio eu, minha mãe ainda disse que ele falou: "Me desculpa". Eu e ele éramos um chamego só, apesar de brigas que tínhamos, como quando ele queria me dar feijão (odeio) e eu me escondia dentro do guarda-roupa, ou quando ele não estava literalmente bem e acabava descontando em mim, nessas horas, como qualquer criança eu saia fazendo berço e dizendo chorando: "Manhêê, o papai aquilo... o papai isso...".

Bem, o tudo disso tudo é que eu vim aqui agradecer a minha mãe, mesmo sabendo que ela talvez nunca leia, ou eu talvez nunca mostre para ela:

Mãe, eu sei o quanto a senhora sofreu na sua infância, morando no interior, com seu querido e amado pai, que infelizmente era alcoólatra, e sua mãe, e  perdoe-me por dizer, dramática toda como a senhora não facilitava as coisas, sei que a senhora costurava com pouca luz, e tinha que se abaixar para apertar o negocio da maquina de costurar naquela época, e tudo isso para ajudar sua família, sei que com a minha idade ou menos teve que ir para um colégio interno e seu irmão para um seminário porque seus pais passavam dificuldades. Que a senhora precisava tratar de bois, galinhas, para dar de comer para as outras meninas que pagavam pela escola, que a senhora tinha que pagar a escola trabalhando muito duro, e como vós mesma diz: "Tu não aguentarias, imagine o pedaço de um osso de um boi que uma vez entrou na minha mão" É mãe, a senhora lutou muito, se casou mais para sair de casa, porque ainda muito inocente achava que saindo de casa não sofreria mais com as discussões e alfinetadas que o vovô e a vovó davam um no outro, mas nem tudo foi um conto de fadas certo?! A senhora casou com um dos homens mais galinhas que a senhora já conheceu, e mesmo assim, ele lhe amou, mesmo com tudo de ruim que vocês infelizmente passaram, tiveram a primeira e mais amada filha de vocês, mas nem tudo saiu perfeito, tão nova a senhora teve que batalhar mais ainda como mãe, assim como comigo, que ficava noites sem dormir. E que como eu nasci sem a válvula do esôfago tinha que nós primeiro meses ficar sentada na cama, um pouco aprumada e apoiada com travesseiros, comigo no colo, pois se eu deitasse eu poderia vomitar dormindo e acabaria me sufocando e morrendo, e quando quase morri pela terceira vez? Que tive que ser internada, e a senhora chorava escondida ao ver tantas enfermeiras me segurando e tantas outras tendo que me dar de uma vez, três ou quatro espetadas. Sei o desespero que a senhora teve ao me ver naquela cama de hospital deitada em uma poça de sangue, que saia por minha boca, nariz... enfim. A canja ruim que eu não queria comer, mas precisava. E a senhora pensa que eu não lhe valorizo? Ora mãe, é claro que lhe valorizo! Lhe amo muito, muito, acho que sem a senhora... eu me mataria! Apesar de ter passado mais minha infância com meu pai, já que a senhora saia, trabalhava e resolvia coisas para Deus e o Mundo só chegava a noite, quando eu estava quase para dormir, ou quando já não estava dormindo. Para a senhora eu subiria a montanha mais alta e traria a rosa mais perfeita e rara do universo. Eu sei que as vezes faço, penso e falo coisas que não devia, mas como eu queria que a senhora me escutasse, soubesse conversar comigo sem começar a gritar e a brigar, que fosse a pessoa com quem eu mais pudesse contar, pra TUDO, que eu pudesse desabafar sem medo, mas como mãe? Talvez eu escreva uma carta uma vez, sim, verdade, uma carta, porque talvez assim a senhora leia e reflita sozinha, no seu canto e em silêncio, mas não será hoje que a farei e nem lhe entregarei, hoje quero lhe julgar ou apontar seu defeitos o mínimo possível, porque sei que em tudo o que a senhora já fez e faz, suas qualidades transbordam e vencem os defeitos. Apesar de ter coisas que me marcaram muito a mais tempo e que nunca lhe falei, a não ser é claro... por eu saber que a senhora leu meu diário. Isso é outro ponto, a senhora desconfiar de mim, eu sou sua filha poxa, a senhora me criou, a senhora acha que eu posso virar uma delinqüente se colocar um pircing? E começa a gritar feito louca por isso! Quando a senhora estiver disposta a me escutar, sem me julgar, sem gritar, sem suas várias faces que desdenham de nós.... estarei lhe esperando, e tentarei abrir o meu coração para a melhor mãe do Mundo! Eu te amo Coroa mais linda da minha vida <3 És a melhor pessoa, mulher, batalhadora e guerreira que eu já conheci na vida! E melhor, és minha mãe!





Parabéns a todas as mãe!
Gente, abraçem as mães de vocês, cantem uma música pra ela, sirvam café da manhã na cama, mimem-a como elas mimaram vocês um dia, se é que ainda não mimam, finjam que hoje ela é a filha e precisa de seus cuidados, os cuidados que só uma 'mãe' faz por um filho.
Ah, e não precisa dar presente caro, as coisas mais simples são as que fazem mais diferença, as que emocionam mais se feitas com amor, carinho, dedicação... Feliz dia das Mães! #

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